segunda-feira, julho 30, 2007

Ingmar

Morreu hoje o cineasta Ingmar Bergman. Ele já não fazia filmes a muitos anos, se aposentara. Mas nem precisaria fazer nem metade do que fez. O primeiro Bergman que assisti foi Persona e eu adorei. Gostaria de escrever mais mas as pessoas a minha volta estão me atrapalhando.

domingo, julho 29, 2007

história de taxista

Essa é uma história de um monte que os taxistas nos contam nas viagens. Muitas podem não ser verdadeiras, mas essa pode ser real. O taxista já de uma certa idade contava a história de fulano-de-tal, passageiro de uma única viagem. Fulano-de-tal possui idade avançada e gosta de falar do passado e se diz um casanova. Conversa de "meninos" com suas considerações machistas a respeitos das mulheres da vida dele. Então no momento de dizer que apesar da idade ele ainda mantém sua virilidade (quando ouvi isto não existia viagra ainda) gabou-se ao taxista que ele conseguia, usando as palavras do próprio fulano-de-tal, ficar "de pau duro" até quando colocava a netinha bebê no colo.
Aqui não me importa se ele tinha sua ereção com a netinha ou se era só um expressão infeliz para atestar sua virilidade, mas com certeza não seria algo para dizer para quem quer que seja.
Não sei porque nunca esqueci essa história. Consigo até imaginar o indivíduo que diz algo assim e no fundo sei que há outros "sem noção" tão ignorantes que apesar de algumas vozes se erguerem para amenizar suas culpas e passá-las para o falho sistema de educação de um país terceiro mundista, são imbecis que não fariam a mínima falta nesse mundo.
parcialidade

Poucos dias atrás a seleção brasileira de futebol ganhou a copa américa em cima da favorita argentina. No mesmo instante a massa esqueceu o futebol medíocre apresentado pela seleção e comemoraram (não muito, eu não ouvi fogos por aqui). Esqueceram as críticas e análises e tudo o mais e se fixaram apenas no final cômodo e feliz.

Um outro exemplo do que eu quero tentar falar... quando um fumante morre de câncer do pulmão nunca lembra-se de que milhares de outros fumantes não morreram, ou se morreram, não foi por causa do cigarro.

Essa atitude de cada um, mas que é igual para todos, a massa inteira, é reconfortante. Pensar igual ao próximo, fazer parte de um todo confirma a nossa participação na mente coletiva e economiza os neurônios que queimariam ao questionar os axiomas do dia-adia.

Quem sabe essa atitude de parcialidade com a opinião da massa não esteja gravada no gene. Um primata bípede da áfrica milhões de anos atrás não preferiria migrar com o grupo pois todos concordariam inconscientemente que ir para o norte é o certo. A mesma coisa.

E com certeza hoje ou ontem, quem pensasse diferente disso seria marginalizado e deixado pra trás para os tigres-dente-de-sabre.

Uhm... acho que já posso ouvir o tigre se aproximando.