terça-feira, agosto 30, 2005

Não sou fã de Dire Straits
mas ouvi essa música de madrugada na KISSFM uma rádio só de clássicos (antigas músicas) de rock e gostei muito.


Telegraph Road

A long time ago came a man on a track
walking thirty miles with a sack on his back
and he put down his load where he thought it was the best
he made a home in the wilderness
he built a cabin and a winter store
and he ploughed up the ground by the cold lake shore
and the other travellers came riding down the track
and they never went further and they never went back
then came the churches then came the schools
then came the lawyers then came the rules
then came the trains and the trucks with their loads
and the dirty old track was the telegraph road
Then came the mines - then came the ore
then there was the hard times then there was a war
telegraph sang a song about the world outside
telegraph road got so deep and so wide
like a rolling river...And my radio says tonight it's gonna freeze
people driving home from the factories
there's six lanes of trafficthree lanes moving slow...
I used to like to go to work but they shut it down
I've got a right to go to work but there's no work here to be found
yes, and they say we're gonna have to pay what's owed
we're gonna have to reap from some seed that's been sowed
and the birds up on the wires and the telegraph poles
they can always fly away from this rain and this cold
you can hear them singing out their telegraph code
all the way down the telegraph road
You know I'd sooner forget but I remember those nights
when life was just a bet on a race between the lights
you had your hand on my shoulder you had your hand in my hair
now you act a little colder like you don't seem to care...
but believe in me baby and I'll take you away
from out of this darkness and into the day
from these rivers of headlights these rivers of rain
from the anger that lives on these streets with these names
'cos I've run every red light on memory lane
I've seen desperation explode into flames
and I don't wanna see it again...
From all of these signs saying sorry but we're closed
all the way down the telegraph road
Covardes

Um dia ouvirás a triste sina dos que lutaram e perderam e perceberá que a vida é mais que pequenos vencedores e covardes. Perceberás que sua razão de existência é um nada, um vazio. Suas conquistas pessoais são meros acontecimentos não dignos de nota.
Sua vida covarde não mudou nem tocou a história. Você foi só um entre tantos, um grão de areia seco no deserto. Mas eu posso entender essa sua insignificância e covardia pois no presente não vale apena lutar porque ninguém vai comemorar, não haverá recompensa nem reconhecimento e a sua certa derrota estará esquecida na manhã seguida. Viva então esta sua vida covarde e fique satisfeito e feliz antes de morrer e ser esquecido.
A Cidade

Vejo as pessoas andando e correndo em meio as minhas entranhas, assustadas, desligadas, felizes e tristes. Geralmente não me percebem pois não me ouvem. Fui, sou e sempre serei maior que elas e quando elas se vão fico e acolho seus descendentes.
Nasci e cresci tal qual elas mas existirei por muitos anos a mais. Algumas dessas pessoas me odeiam e pouquíssimas me amam mas todas em mim vivem. Eu deveria odiá-las pela maneira como me tratam mas estou acima disso. Poderia ser grata pois foi através delas que nasci mas só o fizeram por necessidade. Temê-las também poderia porque quem cria também destrói.
O que sei com certeza é nossa ligação, nossa simbiose. As pessoas me transformam e de certa forma eu as transformo, e se um dia elas se forem começarei a morrer até retornar ao solo de onde surgi. Se ainda restar alguma pessoa esta poderá se lembrar de mim, do meu passado a até andará sobre minha ruína deixando-me viver em seus pensamentos assim como as pessoas viviam nos meus.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Educação começa em casa.

Será que o povo não tem educação por não ter cultura ou não tem cultura por não ter educação.
Na minha "pequena" cidade existem mais ou menos setenta museus que cobram um pouco a visita ou são dê entrada franca, dezenas de galerias e exposições. Diversos jornais, alguns de distribuição gratuita. Sebos, bancas e para alguns milhões a TV tem o JN e diversos outros (dica: se você for uma pessoa mais ligada assista a jornais de canais diferentes) e, ainda, para os que podem, há a internet. Todos temos acesso a informação em todas as suas formas.
Acho que a informação é base para se obter cultura, não uma cultura descartável mas uma que adiciona algo a sua vida. Talvez algumas pessoas achem que saber o capítulo de ontem da novela seja cultura mas se o for é tão descartável, tão inútil a longo prazo. Eu deveria saber mais sobre a novela das oito por um único motivo, conseguir conversar com aqueles que assistem a novela. Erro por não ter essa cultura descartável. Pode parecer elitista (minha irmã me acusou disso uma vez) mas essa cultura não me interessa e erro ao ignorá-la totalmente. Não sei qual a moda, que banda de pagode, axé, forró ou qualquer coisa semelhante está nas "paradas" por uma questão de gosto. Se seria mais feliz por ter essa cultura descartável não sei, só tenho certeza que não sou da elite, aliás muito pelo contrário. A cultura está ao alcance de todos pois ela é feita de informação, e esta última existe aos montes e pode ser acessada por analfabetos, cegos, mudos, paraplégicos, doentes, moradores de rua, favelados, comerciantes, empresários, presidentes, eu e você. Então ter cultura seria questão de vontade de tê-la.
Esta vontade é moldada pelo meio. E o meio em que se vive começa com a família. Mas família é uma instituição em declínio. Posso afirmar que não existe família que viva em equilíbrio. Com certeza nunca existiu mas o declínio parece estar aumentando. Alguns se sentem obrigados a viver em família, outros estão amarrados a ela. A relação entre pais e filhos deteriorou talvez porque a autoridade dos pais foi deixada de lado pelos mesmos e os filhos aproveitaram. Na família aprendemos o começo do que é certo ou errado e se não temos exemplos fortes para seguir espalharemos os defeitos para os descendentes. Acho que o que mais se perdeu no declínio da família foi a educação que a cultura descartável não supre de modo algum. Sem exemplos bons os pais passam para os filhos o errado. Noutro dia no caminho do trabalho observava um casal sentado naqueles bancos altos do ônibus (pra quem não conhece são os bancos sobre os eixos) que alimentava com um desses sucos a base de soja em caixinhas "tetrapak" seu bebê. A garotinha com a ajuda de seus pais terminou os poucos mililitros da embalagem. O pai passou a embalagem para a filha e a ajudou a erguer-se até alcançar a janela pela qual a criança jogou a embalagem. Posso parecer algo muito pequeno mas a criança está aprendendo o errado. É claro que seus pais não são criaturas malévolas que sujam as ruas apenas para se divertir quando a chuvas transbordam os rios. Eles não tiveram a educação necessária para transformar a informação presente no dia-a-dia em cultura, no caso cultura ambiental. Não sou ecologista mas certas coisas não faço pois sei que é errada.
Quando falo em educação não me refiro a escola, pois nem todos terão acesso a ela e a mesma não lhe fornece o tipo de educação que sua família deveria dar. Se o povo não tiver uma educação familiar não adiantará lhe dar escola pois até tornar-se-ão universitários mas não contribuirão para a melhora da cultura de um povo.

Esse texto foi bem mal escrito e com certeza não profundo nem correto, mas "enchi-linguiça"

segunda-feira, agosto 22, 2005

Lembranças da Infância
Sábado a noite juntamente com uma taça de vinho discutia junto com uma amiga e um casal de amigos dela sobre as lembranças de infância. Então pegando carona no assunto: Só lembramos dos momentos difíceis ou traumáticos e esquecemos os bons momentos e as descobertas. Não seria ótimo lembrar de como foi a primeira vez em que andamos como bípedes, ou o primeiro sorvete, a primeira vez na praia, areia sob os pés, deitar na grama e tantas outras coisas. Mas não nos lembramos de quase nada disso, talvez a primeira vez em que andamos de bicicleta sem aquelas "rodinhas-de-equilíbrio" seja algo bom de lembrar mas só lembramos pois no fundo sentimos medo por alguns segundos antes de nos sentirmos bem por conseguirmos. Que mente cruel é esta que lembra geralmente os momentos ruíns da vida e esquece os bons. Quem programou o cérebro para trabalhar tão errado? Será que o drama é mais importante que a alegria?
Esqueça as fotos de infância e tente se lembrar dos bons momentos de sua vida antes dos cinco anos e verá que quase não há o que se lembrar mas você lembrará de brigas, discussões e outras coisas negativas. A razão disso é para aprender o que é errado e nunca esquecer, apenas um mecanismo trágico da natureza? E por quê um pouco mais velhos lembramos de ambas as coisas? Lembro da mão fantasmagórica saindo da TV fora-do-ar em Poltergeist, mas também lembro de Monty Phyton.
Somente perguntas que não sei quem pode responder.

domingo, agosto 21, 2005

Um pequeno texto sobre o homem e o fogo

No começo era só a natureza, sozinha com sua flora, fauna e tudo mais. Um dia ela cometeu seu maior erro, o homem. Junto com o homem vieram os deuses e estes reinaram com poder total sobre todo este mundo.
Quando o homem dominou o fogo os deuses temeram. Até aquele momento foi relativamente fácil aceitar as armas e ferramentas do homem pois estas só interferiam com a natureza. Com o fogo o homem criava luz e calor como só seus deuses faziam. O fogo acendeu na mente do homem a chama de seu próprio poder. Após o fogo ainda passariam milhares de anos para a queda das divindades deste mundo. Os deuses que surgiram após a queda eram criados pelo homem. Este agora anda sobre os ossos dos antigos deuses e sobre as cinzas da natureza moldando seus deuses a sua vontade ignorando que um dia a natureza tentará corrigir seu erro se conseguir então talvez os antigos deuses retornem para reclamar seu outrora perdido mundo.

Deveria ter trabalhado mais nesse texto mas estou sem imaginação e com dor-de-cabeça

sábado, agosto 13, 2005

Canto d'olho
Fui a pouco a cozinha buscar um copo d'água, como geralmente acontece ele está lá, rapidamente fugindo do canto d'olho. Inutilmente e numa fração de segundo você tenta seguí-lo em seu movimento mas já é tarde, se foi. Esse era branco e baixo, do tamanho de um cachorro mas disforme e vago. Não existe reflexo humano capaz de acompanhá-los e por mais que os veja sei que não são nada. Porém é um nada de chamar a atenção. Quando criança os via com mais frequência, principalmente num apartamento no qual vivi que tinha uma história de morte e um corredor escuro o suficiente para esperarem até a hora de aparecer. Vultos são eles, perdidos a sua volta num jogo de esconde-esconde aguardando a hora de aparecer no canto d'olho.

domingo, agosto 07, 2005

Estava numa conversa de bar, a melhor conversa que existe, com uma grande amiga minha a qual me dizia que minha mente não condizia com a realidade de hoje... As vezes é isso mesmo que sinto. Deveria ter nascido pelo menos dez anos antes. Teria realizado mais que realizei.
Hoje a vida é insípida. Hoje só vale o eu, não nós. Não há ideologias, nem utopias ou sonhos coletivos para seguir. Os jovens são uma piada, até mesmo para eles. Não se importam, ninguém se importa. Os velhos estão morrendo e a maioria deles é uma mentira. Só restará um "ismo"?
Nasci na época errada no país errado. Pode parecer e parece piada, mas sou patriota até onde me permito ou me permitem. Gosto do Brasil apesar dos brasileiros. Sou bairrista.
O Brasil não é o "país do futuro", nunca será.
O que nos resta é remar com a maré?
Só digo uma coisa, se lhe oferecerem duas pílulas, pegue a Azul e seja feliz.
Contrariando psiquiatras, psicólogos e intelectuais, a ignorância é uma benção.
Queria ligar a TV no domingo e gostar do que vejo, mas não gosto, agora é tarde, só a lobotomia me salvaria.